Greve dos rodoviários

Trabalhadores do transporte coletivo indicam greve para quinta-feira

Assembleia será realizada na quarta-feira à noite para decidir a questão; se aprovada, a paralisação terá início à zero hora de quinta

Infocenter -

Mais um capítulo das negociações referentes ao reajuste salarial dos trabalhadores do transporte coletivo urbano da cidade se aproxima. Em estado de greve desde o final de novembro, os rodoviários se reunirão novamente em assembleia às 21h da quarta-feira, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP). O objetivo da reunião é aprovar ou não a greve. Se aprovada, a paralisação começa à 0h da quinta-feira.

De acordo com o presidente em exercício do STTRP, Claudiomiro Amaral, as informações referentes às negociações com o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Pelotas (SETRP) serão repassadas à categoria, que deve votar se irá aderir ou não à paralisação. Claudiomiro explica que não houve nova proposta e isso motivou tal indicativo. Se aprovada, a greve será por tempo indeterminado, dependendo de como se dará o acordo.

Claudiomiro ainda afirma que já foi protocolado um documento para informar a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), avisando que há o indicativo de greve e a que paralisação pode ocorrer nesta semana, a fim de garantir as providências e os cidadãos não sejam tão prejudicados. "Deixamos a prefeita ciente", conta.

Relembre
A categoria pede reajuste de 8%, dividido pela metade entre perdas da inflação e ganho real. Somente 4% foi oferecido pela SETRP, que trabalha com a correção dos vencimentos a partir do Índice Nacional do Preço do Consumidor (INPC) em um acumulado dos últimos 12 meses. No início do último mês, a prefeitura de Pelotas decretou o aumento da tarifa de ônibus de 10,7% (R$ 0,35), passando de R$ 3,35 para R$ 3,70.

Melhores condições de trabalho também são reivindicadas. Uma redução de linhas causou sobrecarga na mão de obra, explica o presidente da STTRP. Por isso, não há intervalos. "É um descaso com a categoria", critica. Os trabalhadores do transporte urbano coletivo também pedem plano de saúde e vale-alimentação, de forma que "fique igual para todos", completa.

Alternativa para os pelotenses
O secretário de Transporte e Trânsito (STT), Flávio Al Alam, condena o movimento de paralisação. "Isso é uma prática retrógrada que a sociedade não suporta mais." Ele acredita que os cidadãos não devem ser penalizados por um conflito entre duas categorias. A população é quem sustenta o sistema, então não deve ser prejudicada "por mais razões de reivindicações que a categoria tenha". O secretário afirma, ainda, que as divergências não serão resolvidas desta forma. A prefeitura vai aguardar a informação oficial do resultado da assembleia para colocar em prática estratégias e garantir um transporte alternativo, visando diminuir o impacto.

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